Bipolaridade + Carnaval

Ultimamente estou me renovando, mudando totalmente quem eu sou, bom, pelo menos tentando, é muito difícil fazer uma mudança dessas, onde você tem que lutar contra você mesmo, você tem que lutar contra seus antigos pensamentos, desejos e comportamentos para adicionar novos. O fato de eu estar bipolar , talvez por causa da idade, atrapalha, tenho muitas indecisões e mudanças de humor e opinião muito rápida.

Eu cortei o meu cabelo, fiz um corte totalmente diferente, eu deixei ele crescer, repiquei ele e agora estou usando uma franja que até ficou bonita em mim, apesar de ter ficado parecendo uma lésbica, quando eu contei que estava parecendo uma lésbica para minha amiga ela fez uma piadinha assim "Olha que eu te pego hein...", enfim, faz pouco tempo que fiz esse corte no cabelo e agora eu já estou querendo cortar ele e deixar ele bem curto, ou seja, esperei muito tempo para ele crescer para nada, já estou querendo cortar, mas não é tão fácil assim, tipo apenas quero cortar, hoje eu posso estar querendo cortar, mas amanha eu posso mudar de ideia.

Enfim fora estas crises bipolares que ando tendo como, querer mudar o corte de cabelo, as vezes estou alegre e do nada eu fico triste e alegre de novo e etc... tem o carnaval ai né, a festa mais cobiçada dos brasileiros, aquela festa que se originou na Grécia e deveria ter ficado por lá...

Eu não gosto de carnaval, não gosto das músicas do carnaval, não gosto da energia do carnaval, não gosto da putaria que rola no carnaval, não gosto de praias em dia de carnaval e não gosto principalmente da sujeira nojenta que as pessoas no carnaval acabam fazendo, tipo, latas de cerveja, copos descartáveis, xixi, vômitos, camisinhas, AIDS, enfim, acho que fui bem claro, NÃO gosto de carnaval.

Uma vez me apaixonei por um garoto no carnaval, nós nos encontramos em uma fila do caixa de um mercado, cujo estava lotado, eu estava atrás dele na fila, nós não trocamos uma palavra, porém as trocas de olhares foram muito marcantes para mim, o jeito que ele me olhava era tão diferente, me da até um arrepio só de lembrar, no meio da fila tinha uma caixa de papelão vazia em uma pratilheira que estava do nosso lado, então ele propositalmente derrubou a caixa no meu pé, não sei se foi propositalmente, mas para mim pareceu proposital, enfim, então eu abaixei para pegar a caixa, e logo em seguida ele abaixou também, então nós aproximamos uma mão na outra e quando íamos nos encostar, agora quem está lendo isso deve estar se perguntando, nossa que lindo, parece uma linda cena romântica de cinema, só que não é, como sempre nada da certo pra mim e eu ainda tenho que estragar tudo, então quando íamos nós encostar eu rapidamente levante e me afastei dele, ele pegou a caixa e foi levantando e olhando pra mim, dai eu cruzei os braços e virei o rosto para outro lado, acabei com a magica do momento, sendo ou não verdadeira, ele querendo algo ou não comigo, sei lá, eu poderia ter sido mais normal, aposto que algumas pessoas que lerem isso vão pensar algo como "nossa que raiva!" "que menino lerdo!" "esse menino merece apanhar pra acordar" "que vontade de matar esse menino!", enfim na hora eu também fiquei com vontade de me matar, mas tudo bem, já se passou 1 ano que isso aconteceu, não vamos voltar atrás, pois as vezes o que aconteceu foi só coincidência, eu costumo ver muita coisa onde não tem e onde realmente tem eu não consigo ver.

Bom, o momento que tive com esse garoto foi um dos motivos para eu não gostar do carnaval, outro motivo é o fato da minha mãe ser a famosa "nega loira", sim, minha mãe é daquelas mulheres brancas e loiras que tem alma negra e ama um samba, eu mereço isso né!