Melhor escolha que eu fiz

Oi, gente!

Eu já falei sobre esse tema em outro post aqui no blog, mas é que eu vivi alguns momentos recentemente e se encaixam totalmente nesse tema, sobre escolhas.

Esses dias, naturalmente, eu me assumi para uma colega de trabalho. Tudo ocorreu da forma mais natural possível. Aí no outro dia estávamos conversando sobre assunto e ela me disse que não aceitava, mas que respeitava a escolha de cada um. Isso mesmo, ESCOLHA, quando ela falou essa palavra eu logo vi que as coisas estavam boas demais para serem verdades. Mas enfim, fingi que estava tudo tranquilo.

Mas não, não estava tudo tranquilo.

Até quando teremos que ouvir que a nossa sexualidade foi uma questão de opção nossa? Eles acham mesmo que muito de nós escolheria sofrer preconceito na sua própria casa, de seus próprios pais? 

Não, não sabem, pois se soubessem não falariam isso ou talvez muito deles não saibam o real significado dessa palavra, o que acho difícil.

Queria eu ter tido a ‘opção’ de escolher por qual sexo eu me sentiria/gostaria de ser atraído, mas não foi assim que aconteceu. Nasci assim e irei morrer assim (aos que acreditam em cura gay, desculpa lhe dizer, mas ela não existe).

Há poucos dias atrás estava eu no ponto de ônibus e vir um rapaz dançar loucamente, ele até fazia provocações a alguns héteros que passam de carros (essa foi uma informação irrelevante, mas foi só pra relatar a cena a vocês), até aí tudo bem, essas cenas são comuns aqui na cidade.

Entro no ônibus (que por sinal estava lotado), uma garota de no máximo uns sete anos estava em pé perto de mim, e ri do rapaz que dançava. Nesse momento percebo que a mãe diz para a ela que devemos respeitar a escolha que o tal rapaz fez. A intenção da mãe foi a melhor possível acredito eu, pois o que nós queremos é isso mesmo, respeito. Mas poderia ter usado uma palavra melhor, mas enfim, quem sabe da próxima vez.

Venho no ônibus refletindo sobre esse tema, me questiono: por que tem gente que realmente acha que escolhemos ser homossexuais?

Não vou ser hipócrita com vocês, se pudesse escolher eu seria hétero e viveria feliz da vida respeitando as diferenças. Mas se eu nasci assim e não posso fazer nada né?!

Então, no caminho até a faculdade concluo a minha reflexão: Se realmente foi uma escolha como a maioria das pessoas dizem, foi a melhor que eu fiz até hoje.

Escolhi me aceitar como sou, escolhi viver com quem me sinto bem, escolhi tantas coisas, mas a principal escolha foi a de ser feliz, sendo quem eu realmente sou.

É isso, um abraço e até o próximo post!

P.S: O título desses post é irônico... ou não.

By RD