sexta-feira, 25 de maio de 2018

Situações Embaraçosas Envolvendo Sexo 01

Estive lembrando como eu sou uma pessoa tapada e que não perco as oportunidades de passar vergonha nem em momentos que envolvem sexo. Então resolvi contar um pouco sobre essas experiências em forma de episódios, pois imagino que outras pessoas podem se identificar ou apenas se entreter com elas. Enjoy!

Eu não sei o seu nome

Eu estava me arrumando para uma noite de balada com meus amigos e de fato aquela noite prometia. Um de meus crushs supremos estaria por lá. Nós já havíamos conversado algumas vezes e inclusive já tínhamos nos beijado. Aqueles lábios carnudos e aqueles cachos negros conjuntos de uma barba crespa me faziam arrepiar, aquela noite havia de ser o momento que ficaríamos mais íntimos.
­— Vamos arrasar por lá, Wesley! — Disse uma amiga enquanto nos arrumávamos em um mesmo espelho de um quarto bagunçado.

Chegando lá, música alta, pessoas dançantes com copos fluorescentes de bebida, luzes verdes e azuis piscando para todos os lados e o lugar era escuro para dar o clima à vida noturna. Estava sendo puxado pelas mãos por um de meus amigos me direcionando ao bar que ficava ao lado da pista de dança, estávamos em cinco pessoas, mergulhávamos dentro da fumaça que estava cobrindo o local.
Pegamos nossos primeiros drinks, era algo como vodka com energético sabor de maracujá (cada um com seu gosto, amores). Tomávamos um, dois, três ou quatro copos quase que simultaneamente enquanto dançávamos como se estivéssemos flutuando na pista de dança.

Dentre aquelas reboladas e piruetas coreografadas com os amigos, consegui visualizar do outro lado da pista entre a fumaça existente ali o tal crush supremo. Ele estava lindo com aquele suéter preto combinado com seu chapéu de aba curta. Ele também me viu. Trocamos olhares e ele saiu da pista de dança, sumindo dentre a fumaça. Eu entendi o recado, então, me afastei de meus amigos e fui atrás dele.

Chegando na cobertura da casa noturna, consegui identificar sua silhueta encostada na grade da sacada enquanto fumava um cigarro. A vista dali é muito bonita. Pode-se enxergar alguns prédios históricos conjuntos de prédios bem maiores e modernos, cujo em meio a noite, aparentavam carregar estrelas.

Será que eu já estava bêbado o suficiente para mostrar toda a confiança que só a bebida pode me trazer? — Eu pensei. — Talvez eu realmente estivesse, ou simplesmente acreditei na ideia de estar.
— Olá! Sentiu saudades? — Eu disse enquanto acendia o meu cigarro.
— Oi, Wesley! Você é sempre tão convencido, né? — Ele perguntou com uma risada leve, porém sarcástica.
— Talvez... — Respondi enquanto dava minha recorrente virada de olho. Eu utilizo essa resposta quando não sei responder ou não quero dizer a verdade. A verdade é que ele só conversou comigo das vezes em que eu estava bêbado, então ele não tinha noção da pessoa tímida e sem confiança que realmente sou.
— Eu vim com meus amigos. E você? Está acompanhado? — Perguntei esperando que, por mais que estivesse, daria esperança de ficar comigo no fim da noite.
— Que legal! Eu vim com meus amigos da faculdade. Estamos aproveitando o momento de folga com o fim do período de provas. Gostaria de se juntar com a gente? — Quando ele disse isso com um sorriso bem sincero em seu rosto eu senti que de fato eu conseguiria concluir o meu objetivo da noite. Eu iria passar o resto da noite com ele, e a partir do momento em que tornássemos mais íntimos poderíamos começar a namorar e programar a nossa vida de casal.
— Eu adoraria! Só preciso ficar mais um pouco com meus amigos, tudo bem? — Eu puxei levemente o seu rosto com as minhas mãos e lhe dei um beijo na bochecha. Um beijo suave no rosto é uma forma de ser difícil, porém demonstrando que há um interesse. Funciona quase sempre.
— Tudo bem. Nos vemos logo, gato! — Ele disse e deu uma piscada com o olho direito. Meu coração disparou ao observar os seus olhos negros como o céu daquela noite.

Eu voltei para a pista e mal chegando fui puxado pelos meus amigos com suas caras de julgamento — eles sabiam o que provavelmente eu teria feito na ausência deles.
— Onde você estava, Wesley? — Disse um de meus amigos sorrindo e gritando, porém quase não conseguia ouvi-lo por conta da música alta.
— Lembra daquele crush que te mostrei no fim de semana passado? — Também gritava para que eles conseguissem ouvir, mas dentre a conversa, não parávamos de dançar.
— O cara dos cachos? — Os rostos deles demonstravam surpresa.
— Siim! Ele é lindo demais!
— Precisamos comemorar! Vamos para o bar, gente! — Entre os meus amigos, tudo é motivo de comemoração e quase toda comemoração envolve bebida.

Todos compramos nossos shots de tequila. Olhávamos uns para os outros com um ar de concordância com o que estava para vir. Contagem regressiva e...


— Viva a nós! — Gritamos e tomamos com um gole só a bebida quente que havia naqueles minis copos. As risadas e a musica começava a se misturar e esvaecer em minha mente. Dançava e sentia meu corpo leve como se ali só houvesse meu espirito. Minha visão estava se tornando cada vez mais fosca até que...

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Fui abrindo lentamente os meus olhos, minha cabeça doía como se estivesse levando pontadas dentro de meu cérebro. Ao abrir os olhos, a imagem que estava a minha frente foi gradativamente ficando nítida e pude perceber uma porta com um pôster da banda Paramore, eu estava no meu quarto. Havia várias roupas jogadas no chão — O que aconteceu ontem à noite? Eu me perguntava. — Percebi que haviam mais peças de roupas do que eu estava vestindo, quando de repente, senti uma mão macia envolvendo a minha cintura.

Ótimo! Apesar de não me lembrar de muita coisa, eu consegui meu objetivo. Estávamos ali de corpos nus. Não pude imaginar que seria tão bom sentir seus braços em cima de mim, então tirei sua mão de minha cintura e envolvi seu braço ao meu redor. Fechei os meus olhos e só apreciei o momento por alguns minutos.

Quando abri meus olhos novamente percebi que os seus óculos estavam em cima de minha estante. Peraí! Os seus óculos? Não me recordo de que ele usava óculos. Eu lentamente tirei seus braços de cima de mim e fui me virando lentamente para vê-lo. — imagine o suspense desse momento — E quando me virei para o seu rosto... Cadê os cachos? Ali haviam cabelos lisos e castanhos. O seu rosto também não era lá um dos que costuma me atrair. Droga! Eu não acredito que além de perder minha memória estava deitado com outra pessoa na cama e aliás... quem era aquela pessoa?

Ele acordou, abriu os seus olhos, me olhou com um sorriso no rosto e me beijou, enquanto eu estava congelado com o choque que estava presenciando no momento.
— Você dormiu bem? — Ele perguntou com uma voz de sono.
— Sim. Eu acho que sim. Haha! — Eu respondi deixando evidente o meu desconforto. Será que eu deveria falar para ele que não me lembro de nada ou fingir que me recordo de tudo? — Você também dormiu bem?
— Sim, foi ótimo dormir com você. — Essa resposta foi um soco em meu estomago.
— Que ótimo! Haha! — Eu não consigo disfarças meus sentimentos, então eu começo agir de forma muito estranha enquanto estou desconfortável. — Vamos vestir nossas roupas e tomar um café? O que acha? Haha!

Depois daquele evento constrangedor, estávamos vestidos sentados na mesa da minha cozinha. Eu estava servindo o café da manhã enquanto bolava formas de tentar descobrir o que aconteceu na noite anterior sem parecer um completo idiota.
— Então, a noite de ontem foi ótima, né? Haha! — Eu disse esperando receber respostas.
— Sim! Nós dançamos muito, aliás, você dançando é demais! — Ele disse expressando a sua euforia.
Peguei discretamente o meu celular para olhar as mensagens, e lá haviam mensagens de apenas dois de meus amigos, questionando “Kd vc sua louca?” e “Wesley, onde você se enfiou?”. O pensamento “Eu não deveria ter ficado tão louco” dominou a minha cabeça.

Decidi ser sincero para poupar ele e eu mesmo de tal calamidade que é omitir as coisas.
— Olha, não me leve a mal, por favor! Mas, qual é o seu nome? Eu bebi muito ontem e não consigo me recordar. — Franzi as minhas sobrancelhas mostrando que estava me sentindo culpado pela situação.
— Meu nome é Wagner. Eu entendo você! Também não me recordo de seu nome. Você se lembra de como nos conhecemos ontem a noite? — Eu não sei se ele realmente havia esquecido meu nome ou se sentiu no direito de mentir sobre isso para não parecer que ficou para trás.
— Desculpa, mas não me recordo de quase nada do que aconteceu. Só consigo ter alguns flashs de memória em minha cabeça. Aliás, eu sou o Wesley. É um prazer conhecê-lo. Haha!
— É uma pena você não se lembrar, pois dos momentos que me lembro, sinto que foram maravilhosos e adoraria repeti-los.

Bom, depois do ocorrido o crush supremo não quis mais saber falar de mim e até hoje não lembro o que de fato ocorreu naquela noite. Sobre o Wagner, após o café da manhã, ele me fez recordar dos momentos que tivemos juntos naquela noite umas 2 ou 3 vezes. Só que nosso relacionamento não durou mais que dois fins de semana até eu descobrir o babaca que ele era. A vida é cheia desses momentos aleatórios cujo adoro ver como algo cômico.

Fico por aqui e retorno com novas histórias do tipo. Prometo melhorar e praticar mais minha escrita. Se gostou desse tipo de postagem me informem, preciso de um respaldo, por favor! Até a próxima!


Por Wesley Belarmino

quinta-feira, 24 de maio de 2018

Não se entregue!

Oi, gente!

Fazia tanto tempo que não escrevia para o blog, mas hoje bateu saudades e nem falei com o Wesley que iria escrever.

É tão difícil falar sobre isso, mas tentarei contar do começo.

Há uns 5 anos eu percebi que alguma coisa na minha vida estava diferente, há 5 anos a depressão deu os primeiros sinais na minha vida. Só que eu sempre ouvi da minha família que aquilo era "bobeira", portanto nunca fui atrás de ajuda.

Há menos de um ano as coisas pioraram e sem saber muito o que fazer, eu pedi ajuda para algumas amigas, que me aconselharam a procurar ajuda psicológica. E eu mais uma vez não fui atrás da ajuda necessária, posteguei, não por achar bobeira, mas por não ter forças realmente de ir atrás.

Há menos de um mês aconteceram inúmeras coisas na minha vida e eu precisei pedir ajuda. Pois percebi que não era normal uma pessoa sentir vontade de se matar todos os dias, não conseguir sair da cama, não conseguir mais sorrir.

Há uma semana, enfim eu consegui recorrer a ajuda psicológica, quando cheguei no extremo dos problemas da minha vida. Ou eu recorria a uma ajuda ou eu me jogava do primeiro precipício que estivesse na minha frente.

A mensagem que eu quero deixar nesse texto é: sempre peça ajuda, depressão é coisa séria, não faça como eu que só pedi ajuda depois de uma tentativa de suicídio. Procure ajuda, grite, desabafe, mas não se entregue a depressão.

É isso, a gente se encontra em algum post qualquer hora dessas.

P.s: A imagem que ilustra essa publicação é do filme "Com Amor, Simon" que representa um pouco do que estou passando.


sexta-feira, 11 de maio de 2018

Relacionamentos Em Um Copo de Vinho

Um bom álbum da Nina Simone e uma garrafa de vinho, esses são os ingredientes para o começo deste texto. Nina Simone é uma personalidade fantástica que teve bastante impacto social nos anos 60, cujo eu me inspiro hoje em dia. Inclusive, recomento muito suas musicas e o seu documentário "What Happened, Miss Simone?" (tá disponível no netflix).

Escrever é uma dádiva que tenho me dedicado em certos momentos de minha vida, que sem perceber, acabei registrando acontecimentos bons e ruins dentro de um grande período de tempo. Esses eventos poderão estar por aqui mesmo depois de anos, talvez por anos até em que eu já não esteja mais fazendo parte daqui e absorvo isso como algo incrível. Além do mais, escrever também é algo muito relaxante para mim. Escrever funciona como uma válvula de escape para que os sentimentos não estourem aqui dentro.

Falando em sentimentos, podemos começar a falar sobre a minha atual vida amorosa? Isso costuma ser muito importante para as pessoas. Já não sei se considero importante para mim, pois após tantas frustrações e amadurecimento, acabei me convencendo que as pessoas hoje em dia não estão preparadas para seguir com um relacionamento, ou talvez apenas eu não esteja. Desmarcar encontros recorrentes em cima da hora, sair com pessoas que acabei de conhecer apenas para satisfazer minhas carências e evitar envolvimentos que começam a se tornar mais íntimos. Esta tem sido a minha forma de encarar relações amorosas.

Evitar de se envolver tem sido o meu escudo. Deixar sua alma ser tocada por qualquer pessoa pode trazer um grande estrago para ela. Porém, não estou imune a sentir aquele frio na barriga ao receber mensagens de uma pessoa. Tenho encontrado algumas pessoas, conversado e feito sexo casual, mas com uma pessoa em específico há algo que já senti algumas vezes mas não de forma comum. Vamos tentar entrar em contato com os conflitos que tenho em minha cabeça sobre está pessoa?

Ele consegue me induzir a vir me visitar mais vezes do que eu permitiria outra pessoa, ele diz gostar do mundo que criei em meu quarto, ele gosta de escutar as minhas histórias (Aliás, o que não é novidade para um Curitibano sobre uma vida no Rio de Janeiro, não é?), gosta de conhecer as minhas musicas e meus demais gostos, gosta de acariciar o meu cabelo enquanto escutamos Willow Smith e dividimos drogas ilícitas, gosta de acariciar a leve curvatura que há entre meu abdômen e minha virilha, diz amar a cor de minha pele e o formato de meus lábios.

Sua aparência e suas idéias também me agradam, ele é meu veterano na faculdade, o que eu poderia esperar? Além de já estar quase concluindo nosso curso e saber de quase tudo sobre os assuntos da faculdade, ele possui lindos cachos dourados, olhos azuis com um entorno avermelhado pelo uso de THC, uma barba loira e crespa cujo seu toque me causa arrepios e lábios que apesar de não serem tão grossos quanto os meus, consigo sentir toda a suavidade neles, tocando-os como se me levantassem e me tirassem de minha realidade. E é deitando sobre seu peito que consigo me sentir seguro mais uma vez.

Isso é positivo até eu pensar que essa pessoa de fato não pertence a mim, talvez nunca pertença, como todas as outras que já passaram pela minha vida e fizeram tal bem. Ninguém é dono de ninguém, não é mesmo? Pelo menos na teoria é fácil de se pensar dessa forma, mas nem sempre na prática conseguimos controlar essa nossa vontade de obter as pessoas como se fossem de fato nossas. Essa pessoa presente no atual momento em minha vida realmente é muito especial e me faz sentir bem, não excluo esse fato. Porém, já conversamos sobre nossa relação e entramos em um acordo quase vindo apenas de uma das partes sobre ser algo apenas casual.

Relacionamentos tanto amorosos quanto os demais são muito complicados. Treino e reflito todos os dias sobre como lidar com eles, só que ainda não me vejo capaz. São muitas questões sociais, econômicas e raciais envolvidas nessas relações. Fora que mesmo excluindo todos esses impedimentos, ainda sim é dificil lidar com a mente de outras pessoas. Dessa forma, o que consigo ter de fato como amigo, são o meu cigarro e minha taça de vinho. Companheiros que vão me matando lentamente, porém sem me beijar e me abandonar no final.


Por Wesley Belarmino.